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19 de janeiro de 2011

Auto é destacado pelo colunista Flávio Gomes da ESPN Brasil

Confira a Matéria:
SÃO PAULO (escolhido) – Vocês sabem que este blog raramente fala de futebol. Razões óbvias. Meu time é muito melhor que todos os outros juntos e, portanto, é covardia ficar mangando docês. Mas eu adoro futebol e depois de uma semana em João Pessoa, onde passarei os últimos dias de existência do planeta, algo já definido, encontrei, finalmente, o time para o qual todos nós vamos torcer a partir de agora. Aquele que passa a ser o time-símbolo desta página: Auto Esporte Clube. O time do povo, lá de Mangabeira. O querido Macaco, hexacampeão paraibano, fundado em 1936 por motoristas de praça de Jampa. O clube dos automobilistas, como canta Jadir Camargo. E se existe um clube dos automobilistas neste Brasilzão velho de guerra, que seja ele o nosso time, ora bolas. O Auto Esporte, portanto, está adotado por este blog em caráter irrevogável. Vou atrás de uma camisa, agora. Não achei em lugar algum em João Pessoa, o que considero uma aberração. Em todas as lojas de esportes a que fomos, eu e os Gominhos, vimos camisetas oficiais do Milan, do Barcelona, do Bayern, do Real Madrid, do Chelsea e do Manchester. E nenhuma do Auto Esporte. Do Botafogo da Paraíba, só na lojinha oficial em Cabo Branco. Nas lojas, nada. Assim como nem sinal do Treze e do Campinense. Sinal mais claro do assassinato coletivo dos clubes do Nordeste (e de outros Estados e regiões que já tiveram clubes fortíssimos, como o interior de SP, PR, RS) não há. Esse formato que pretende reduzir o futebol brasileiro a meia-dúzia de times endinheirados do Sul/Sudeste que só existem para garantir a audiência da TV está matando a verdadeira alegria que se vê nas arquibancadas do Arruda, do Mangueirão, do Rei Pelé, do Frasqueirão, dos Castelões espalhados por aí. É uma tristeza quando a gente vê que a paixão pelos clubes locais está sendo trocada por uma torcida distante, quase asséptica (ainda tem esse “p”?), por times da Europa ou do quarteto SP/RJ/BH/POA. Eu sou um torcedor apaixonado dos times pequenos. Adoro o Brasil de Pelotas e o Rio Negro de Manaus. E o Juventus da Mooca, e o São Cristóvão, que só joga de branco por regulamento, e o ABC de Natal. E o Auto Esporte de Jampa. Resistam, heróis da bola! --- Quem é Flávio Gomes? Flavio Gomes é jornalista, dublê de piloto e escritor. Por atuar em jornais, revistas, rádio, TV e internet, se encaixa no perfil do que se convencionou chamar de multimídia. “Um multimídia de araque”, diz ele. “Porque no fundo eu faço a mesma coisa em todo lugar: falo e escrevo.” Sua carreira começou em 1982 no extinto jornal esportivo “Popular da Tarde”. Passou pela “Folha de S.Paulo”, revista “Placar”, rádios Cultura, USP, Jovem Pan e Bandeirantes, e hoje cobre Fórmula 1 para 12 jornais brasileiros. É também comentarista e repórter da ESPN Brasil e da rádio Eldorado ESPN. Foi colunista do “Lance!” de 1997 a 2010. Está no iG, com o site “Grande Prêmio”, desde a criação do portal, no final de 1999. Em 2005, publicou “O Boto do Reno” pela editora LetraDelta. Desde 1992, escreve o anuário "AutoMotor Esporte", editado pelo global Reginaldo Leme. É torcedor da Portuguesa, daqueles de arquibancada, e quando fala de carros começa sempre por sua verdadeira paixão: os DKWs e Volkswagens de sua pequena coleção. É com eles que roda pelas ruas de São Paulo. Nas pistas, pilotou de 2003 a 2007 o intrépido DKW #96, que tem até fã-clube (o carro, não o piloto). Por fim, tem uma estranha obsessão por veículos soviéticos. “A Lada foi a melhor marca que já passou pelo Brasil”, garante. Por isso, trocou, nas pistas, o DKW por um Laika batizado pelos blogueiros de "Meianov". http://colunistas.ig.com.br/flaviogomes/2011/01/19/o-clube-dos-automobilistas/

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